sábado

A quarentena

Enigmas para aqui e para ali! Parto a cabeça para lá chegar, não consigo...Reclusões de almas atormentadas? Silêncios pesados e barulhentos?

Para tudo isto, bastam-me os meus, indecisões alheias, medos desconhecidos, também os tenho e já me é difícil carregá-los, dispenso os teus.

Carrega-os tu! Parte a tua cabeça, deixa a minha em paz.

Precisa de parar, de se centrar, de esquecer a selvajaria do mundo, deixei-te entrar para que me desses uns braços e abraços, para que me protegesses do frio e do cinzentismo e não para estares presente na tua ausência, nem te pedi nada, só que visses a alvorada da minha janela de frente para o lago, nem sempre, só às vezes, só quando os corpos se apetecem e os humores estão em sintonia.

Sem preocupações ou complicações, sem dramatismos ou racionalizações vãs.

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