domingo



I see my morning dreams turning blue across my window
!

"Se o amor é uma dança, meu sorriso formado por um sonho convidara seus olhos incansavelmente para dançar a valsa da eternidade".

Adilson Salles Bueno


quarta-feira

A minha vida tem sido pragmática, o que escrevo é rápido e eficaz ou tenta ser, não tem havido grande espaço para deambulações.

Passaram 10 anos desde que vim para Lisboa, a cidade que tanto me fez e me viu crescer e agora, que tenho em casa uma hóspede de 19 anos vejo-me a olhar para trás, para a estrada percorrida, para os dias e noites passados aqui e em tantos outros lugares que descobri ao longo destes 10 anos.

Quando em conversas, conto o meu percurso, percebo que Outubro é um mês importante, faz este Outubro 10 anos que aqui cheguei e no qual senti um ligeiro terramoto na primeira noite que dormi na casa da Sé(entretanto já senti pelo menos mais dois), faz dois anos em Outubro que comecei a trabalhar na Espelho...enfim.

Estas duas coisas chegam para que me lembre deste mês e antes de lá chegar me aperceba que tanto mudei e mais do que isso, tanto construí. Faz-me sentir grande olhar para esta década de aventuras e também pequenina, porque daqui a pouco 10 anos na/da minha vida não vão ser nada, porém, esta década foi sentida por mim como o desabrochar do que eu sou, faço, sinto e para onde vou!

Já não preciso dizer que não sei para onde vou, mas que aqui não ou que não sei o que quero, mas isto não...sei muito bem para onde vou, porque olho à minha volta e fiz casa, fiz a minha estória e contínuo a fazê-la e este escrevinhar em jeito de balanço faz-me perceber o quanto ainda tenho que percorrer, estes 10 anos são só principio.

Sou uma 48 hour party girl, vivo rápido, foi assim que decidi para já viver a minha vida e isso faz-me sentir preenchida e com o mundo ao alcance de um piscar de olhos, isso não mudou, sou a mesma menina que aqui chegou há 10 anos!

Sou eu e sou livre!

terça-feira

Gostava de ter a ilusão da felicidade, anseio por ela, procuro-a todos os dias. Procuro a ilusão e a felicidade, não raras vezes andam de mãos dadas...ilusão de felicidade e a felicidade de se viver iludido.

Porque não crer na ilusão, nem que seja por momentos, por um olhar é não ser feliz, nem por um momento, nem por um olhar. Essa ilusão que faz com que tudo valha pena e permitir que dessa ilusão saía uma felicidade real!

Acreditar, não acredito...que acreditem os outros por mim, cá continuo na ânsia de ver a ilusão, de a agarrar e a tatuar no meu corpo. A ilusão pode ser como uma larva pela qual não damos qualquer valor e que de repente se transforma numa bela borboleta.

Quem não acredita na ilusão nunca verá a larva feia e aparentemente fechada, a transformar-se numa bela borboleta. O sonho não existe, as asas não batem e a borboleta não voa!