terça-feira

Carinhoso

Composição - Pixinguinha e João de Barro

Meu coração, não sei por que
Bate feliz quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim
Foges de mim

Ah se tu soubesses como sou tão carinhosa
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus a procura dos teus
Vem matar essa paixão que me devora o coração
E só assim então serei feliz
Bem feliz

Ah se tu soubesses como sou tão carinhosa
E o muito, muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus a procura dos teus
Vem matar essa paixão que me devora o coração
E só assim então serei feliz
Bem feliz

sexta-feira



Will not tear me apart, cause my eyes are wide open
Todos os dias se aprende, todos os dias aprendo que não posso dar mais do que o que me pedem, mesmo que me peçam não o querem receber.

Sigo o meu caminho, umas vezes mais triste ou desiludida que outras, é o que é. A vida a dar-nos lições, a gritar-nos bem alto que não posso querer mudar quem me rodeia, a dizer que tenho que aceitar as pessoas como elas são, porém, a dar-me também a certeza que posso seguir o meu caminho, porque estou mais forte, mais sábia, mais conhecedora dos mistérios da vida.

Sempre pronta para desvendar os quebra-cabeça que se seguem. Enraizada que me sinto nos meus dias e noites, enraizada que me sinto em mim, porque não há outra hipótese, se não ser o meu refúgio.

A minha força é só minha, a minha energia é só minha também, não é transmissível, nem serve de moeda de troca.

A luta contínua, o caminho é longo e tem muitos momentos de prazer e alegria, todos os dias nos superamos e abraçamos novos desafios. Eu acredito...em mim!

quarta-feira

Aqui a atrasado como dizem os mais velhos, falei sobre o peso do passado, conversei sobre esse peso que se vai acumulando nos nossos ombros e inscrevendo-se em nós, à medida que vamos crescendo e vivendo. Agora, que digeri essa conversa e pensei mais vezes sobre o peso do passado e porque, ultimamente tenho tido referências exteriores que me fazem pensar sobre o passado e a sua presença, percebo que ele para mim parece não ter grande peso.

Não quero ficar presa ao passado, que triste seria se todos vivessemos presos ao passado, antes de naturalmente termos idade para isso. Vive-se no passado quando somos velhos e já não temos força para viver mais presente e ansiar mais futuro.

Já diz o ditado popular que "Águas passadas não movem moínhos", só nos mantém imóveis nos nossos medos e fantasmas. Sei que eles se vão acumulando em nós como se fossem bichos que grudam nas árvores, mesmo assim, acredito sempre que se vivermos com muita força e com muita vontade viveremos tudo sempre com o mesmo entusiasmo.

O passado dá-nos lições e segurança, pistas para o futuro, dicas para melhor nos situarmos no presente, mas é o que é, está lá atrás, vivido, só pensamos muito nele quando não o resolvemos, quando o transportamos como um peso.

O peso que se dá ao passado é dado por nós e pela falta de resolução do mesmo, o passado foi feito para ficar lá atrás, porque é passado, passou e não torna, mesmo que ressuscite.

Como diria o amigo Sérgio: Tá feito, tá morto! É preciso lá ir de vez em quando, é verdade, ver se está no sítio, ele também nos conforta, também nos alerta, também pode fugir, mas urge que se feche a porta logo para que não sai um fantasma ou outro.

O passado não é o mesmo que recordação, não é o mesmo que fazer o doce e simpático exercício de recordar, eu gosto de recordar, não tenho muita coisa para recordar, sou nova e as recordações que tenho, trato-as bem, dou-lhes atenção e carinho, quando elas surgem, mesmo que más, não as reprimo, deixo-me ficar nostálgica, mesmo quando o que recordo é mau, não as afasto, se apareceram ali é porque têm alguma coisa para me dizer, algum ponto da equação que me estou a esquecer e é urgente relembrar.

Assim, escrito, parece que faz todo o sentido, o jogo das palavras, a escrita tranquiliza, lembra que tudo já foi vivido, que o passado faz sentido e que faz sentido recordá-lo, não carregá-lo.

sexta-feira



E com esta me vou
Ando a pensar: será que quando se quer tudo, não se acaba sem Nada?
E o que fica quando se quer tudo e se fica com o pouco que são as recordações de quando se teve tudo?

E se queremos tudo e temos tudo durante uns momentos, será que vale a pena? Será que vivemos tudo intensamente como deveríamos ter vivido e como ansiávamos?

It makes me wonder!

domingo

segunda-feira

Manifesto do Movimento Dadá

Não mais pintores, não mais literatos, não mais músicos, não mais escultores, não mais religiões, não mais imperialistas, não mais anarquistas, não mais socialistas, não mais bolcheviques, não mais políticos, não mais proletários, não mais democratas, não mais burgueses, não mais aristocratas, não mais exército, não mais polícia, não mais pátrias, enfim chega de todas estas imbecilidades, mais nada, mais nada, nada, nada, nada.

Desta maneira, esperamos que a novidade que será a mesma coisa que aquilo que nós não queremos mais, se imporá menos apodrecida, menos egoísta, menos mercantil, menos obtusa, menos imensamente grotesca.

Vivam as concubinas e os concubistas. Todos os membros do Movimento DADÁ são presidentes.


Bastante actual estes Dadas, percursores do Nada para um novo começo!Precisamos sim, novos começos!

sexta-feira

FADISTA LOUCO

Alberto Janes

Eu canto com os olhos bem fechados
Que o maestro dos meus fados
É quem lhes dá o condão
E assim não olho pra outros lados
Que canto de olhos fechados
Pra olhar pra o coração.

Meu coração que é fadista de outras eras
Que sonha viver quimeras
Em loucura desabrida
Meu coração, se canto, quase me mata
Pois por cada vez que bata
Rouba um pouco a minha vida

Ele e eu, cá vamos sofrendo os dois
Talvez um dia, depois dele parar pouco a pouco
Talvez alguém se lembre ainda de nós
E sinta na minha voz o que sentiu este louco.

domingo


Preciso de parar, já parei. Apenas andar pelas ruas à procura de uma outra cidade.
Desejo - s. m

Vontade; aspiração; apetite.

Sinto-me viva porque desejo, aspiro mais e mais, ambiciono. E com a urgência do meu desejo percebo que este é o motor para fazer mais, faço mais e ultrapasso os medos, porque faço e não imagino como seria se o fizesse ou se me ficasse pela aspiração profunda de algo.

Desejo e persigo essa ambição. Pelo caminho que trilho até à concretização do meu desejo aprendo e vivo tanto que me esqueço quase do objecto da minha ambição, da motivação que me faz aspirar. Paro, suspiro, volto a inspirar fundo e de novo, contínuo a marcha.

Como me perco no trilho que me levará junto do que ambiciono e perco também a ambição pelo que desejo, pelo caminho, não fico obcecada pelo fim da minha jornada. O que interessa, afinal, são sempre os meios e não o fim.

Pode até suceder, que depois de uma longa caminhada até ao que se ambiciona, demonstre que afinal que o ambicionado e desejado era o caminho, a estrada e não o fim que ela tem. Não quero que as estradas tenham fim, se não o que há-de ser de nós, os caminhantes.

Caminhante em direcção à ambição. Desejo à flor da pele, o desejo que me faz perder o medo porque me impulsiona para a frente, para cima, para uma nova direcção.

Ahahahahah. A vida tão irónica, cómica, trágica...e tudo o que eu ambicionar.

O que me preocupa mesmo é que não pára de chover e o calor não consegue vencer!

quinta-feira



Bad motherfucker - Chet Baker

segunda-feira



"É preciso estar atento e forte
Não há tempo para temer a morte.
"

terça-feira



Ando por aqui e não me apetece voltar!
Guitarrada azeiteira e Cazuza!
"Dias sim dias não
Eu vou sobrevivendo sem um aranhão"

Porque o tempo não pára e não me posso esquecer disso.

segunda-feira



Uma canção por dia para combater a nostalgia!
Tropicalismo a dar o mote à Revolução nos nossos corações

domingo



Bonnie 'Prince' Billy "Cursed Sleep" - Este senhor aconchega-me!

terça-feira



A Little Lost by Arthur Russel - Porque não um pouco de melancolia em dias atarefados?

sábado

I Get Along Without You Very Well

I get along without you very well,
Of course I do,
Except when soft rains fall
And drip from leaves, then I recall
The thrill of being sheltered in your arms.
Of course, I do,
But I get along without you very well.

I've forgotten you just like I should,
Of course I have,
Except to hear your name,
Or someone's laugh that is the same,
But I've forgotten you just like I should.

What a guy, what a fool am I,
To think my breaking heart could kid the moon.
What's in store? Should I phone once more?
No, it's best that I stick to my tune.

I get along without you very well,
Of course I do,
Except perhaps in Spring,
But I should never think of Spring,
For that would surely break my heart in two.

terça-feira

Corria tudo bem melhor quando era apenas meia-máquina-meia-mulher!
São muitos os dias e noites que nos separam, daqui a pouco, mais dos que passamos juntos e por vezes, às vezes, regressa o vazio e muitos pontos de interrogação.

Será que já foi tudo dito e feito? A acção está no vazio do contacto, é lá que reside a história, a história que vivemos, a história que apetece esquecer todos os dias, a história que faz parte de mim, o tempo que ficou tatuado no meu corpo.

Será que nos voltaremos a cruzar? É melhor que não, espero que a massa anónima que todos os dias flui nas ruas da cidade nos engula, me engula, te engula e evite um possível cruzar de olhares, de caminhos, de gestos e embaraços.

Já basta que haja manhãs em que cruzas o meu pensamento e a tua ausência encha os meus dias.

quinta-feira

Desde sempre achei a vida curiosa e as pessoas muito complexas. Não consigo apreender toda esta teia elaborada do mundo.

Para mim é tudo simples, não vejo os limites, não os consigo percepcionar, só os da minha vontade. Entendo-me bem, mesmo que às vezes não me reconheça, compreendo as raízes do meu ser e...não sei que faça com elas.

Somos ensinados a não fazer tudo o queremos, a não falar tudo o que pensamos, a não querer tudo o que desejamos e mais importante, somos ensinados que nem sempre podemos ter o que queremos. Sei disso tudo e também sei que só fazendo os possíveis e impossíveis para ter tudo o que quero e me é significativo é que experimentarei o que há para experimentar e sentirei a vida como deve ser vivida; intensamente.

É neste jogo dual que me vou fazendo; entre o que quero muito e não posso ter; entre o que posso dizer e quando me devo calar;entre o que penso e o que não faço; entre o que faço e não penso.

Há dias, noites, horas e segundos para tudo isto e o que mais me encanta, é que não nos apercebemos de tudo isto durante os tais dias, noites e horas e segundos, apenas me apercebo quando me olho e vejo algo de novo, algo refeito, algo desconhecido, na minha expressão, no meu corpo, no meu sorriso, no meu gesto, na minha mão, na minha acção, no meu discurso, no meu pensamento.

Tudo isto sou eu e ele, e ela e a multidão da qual faço parte. O reflexo que todos os dias vejo no espelho quando lavo os dentes e protejo com o creme a pele, das intempéries é um reflexo diferente, mas eu não me inteiro disto todos os dias.

Só às vezes, para não ser demais, para não me deixar de ser familiar. Mas há qualquer coisa de familiar na mutuação. Talvez seja o ardor com que espero reconhecê-la, assim que lhe pressinto os passos.



terça-feira

Quando se sofre e se tem outras alternativas, sofre-se porque sem essa dor, nos sentimos vazios, sem nada, sem objectivo.

Até para sofrer o ser-humano se levanta todos os dias da manhã, mesmo sabendo que existem outros caminhos e opções. Sofre-se porque se deixa de acreditar que existam outros faróis para a vida, sofre-se porque a dor também nos diz que estamos vivos e que existimos...Se mais nada nos diz que existimos, ao menos que sintamos a dor.

Sofre-se porque não se sabe fazer ais nada, porque nos viciamos nessa dor, nesse sofrimento que nos pode até ocupar a vida toda

Felizmente e porque podemos olhar para tudo em perspectiva, o sofrimento pode acabar. Cada um sabe pelo que sofre e cada um@ tem dentro de si a força para deixar de sofrer. Ou não?




domingo

Quando se muda algumas vezes de casa e de terra, muda-se também de amigos e sítios familiares, tem-se uma vontade avassaladora de se ter um mundo nosso, familiar que fique apesar das mudanças e por isso, esta minha vontade de raiz.

Como é possível ter várias raízes, várias referências, vários portos de abrigo, vários núcleos? Centramo-nos em nós, no território, em todos os dias.

E quando deixo de ver essas referências, de as encontrar, tenho que procurar cá dentro. Ao fim destes quase 27 anos(vou-me atirar ao rio) de famílias pós-modernas e progenitores freaks, escolhas que me foram impostas de uma forma ou de outra, será que encontrei a minha raiz?

Ando a pensar nessa raiz que todos temos e que nos estabiliza como se fosse um centro gravitacional que mantém equilibrada a essência.

O que será mais importante a essência ou a raiz? Não me angustia ter que solucionar esta questão, mas tenho um instinto que me sussurra que vou procurar esta solução para o resto da vida.

Poderá ser esta a essência? Ou a raiz que tenho e onde permaneço suspensa pelos fios das memórias?

Eu sou essa instabilidade à procura da raiz? Quem tem raiz fixa não a procura todos os dias? Ou a raiz e a essência são feitas da procura de todos os dias?

Ando assim, existencialista e mantendo, no entanto, a minha vontade de ser radical. Radical na procura da essência.

Enquanto não a encontro ou a construo, não sei bem, vou escrevendo. Voltou a vontade de escrever, talvez porque precise de algumas respostas e à medida que vou escrevendo, tropeço nas soluções e também em mais questões!

Seja por onde der, faço-me acompanhar pela música e vou dançando por entre estas dúvidas de domingo chuvoso.




sábado

Apetece-me ser radical! Estar enraizada no que sinto, enraizada em mim. Crescer e como uma árvore ficar bem pregada ao chão e com os braços, a mente, o coração e alma virados para o céu, assim como quem quer abraçar o mundo.

Radical no que acredito ser as minhas estrelas-guia aqui, tão radical que evolutiva, porque acredito que ando para a frente e que esse é o caminho.

Radical porque segura na minha estrada com curvas, atalhos e entraves, que eu contorno, que eu assumo, que eu salto, passo por cima, sem antes parar para os entender, para os viver, para os ver partir...

Radical para me ver partir, na plataforma do comboio que passa na minha paragem.

Radical, no meu amor, enraizada no essencial do que os meus olhos vêem e o meu ser descontrói, interroga, percebe, assimila! Encaixe na anca e samba no pé.

Radical nos meus sonhos e aspirações.

Radical no optimismo. Enraizada na crença que um sorriso faz mais por mim que um burro amarrado.

Radical no meu mau feitio gingão, enraizada na crença dos que acreditam nos laços do companheirismo.

Radical na minha fidelidade a mim e a quem me enche de coisas boas.

Radical enquanto ando por cá, enraizada aqui e já!


Radical

sexta-feira

Manifesto de Liberdade ou o dia em que ser eu me fez sorrir (novamente)


Se tenho de não ser para agradar e se tenho de me esquecer para te ter, então não quero.

A aceitação do que somos passa pelos outros, também passa pelos outros, não passa totalmente e por isso, se não me consigo olhar ao espelho de manhã, se não consigo passar em revista o dia e ficar com um sorriso nos lábios, é melhor esquecer.

Esquecer e andar para a frente, gosto de gostar, mas gosto ainda mais de gostar quanto mais gosto de mim e isso, em nada interfere com o quanto gosto de ti.

"Não necessitas de um Rei para seres Rainha". É isso; as amigas M7 e Capicua é que a sabem toda.

Aqui:

www.myspace.com/M7PT
www.myspace.com/capicua.pt



segunda-feira



Soul Train - Grande sorriso, grandes movimentos.

Mega Festa

domingo

Quando se nos sentimos mirrados, o fado é a melhor opção!

PRA ONDE QUER QUE ME VOLTE


(Mário Rainho/Francisco Viana)


Por muito que me revolte
Seres somente uma miragem
Pra onde quer que me volte
Vejo sempre a tua imagem

Imagem que me enlouquece
Como um louco no deserto
Que do nada me aparece
E tão distante és tão perto

Vejo-te envolta em poeira
Ou transparente cristal
E a loucura é mais inteira
O sonho quase real

Por muito que me revolte
Seres somente uma miragem
Pra onde quer que me volte
Vejo sempre a tua imagem

sexta-feira

És brava, tens força nas canetas, olho e vejo-te a absorver, a aprender.
Brava Menina atenta, faladora, esponja dos nossos dias, acções, esponja dos nossos olhares, conversas, sons e andares.

Brava menina que alegra o dia de todos com força no olhar, curiosidade instantânea para o advento.
Brava menina que me faz pensar o que não pensei, esponja, sorvedouro curioso, fazes-me rever a vida nos teus olhos, no teu rosto.

Brava menina, esponja dos nossos dias, nos meus braços descansas, sossegada dormes, velo-te o sono!
As nossas conversas embalam os teus sonhos!
Se me dói a alma, não durmo, se me sorri a alma não durmo. Nunca durmo, apenas dormito, fecho os olhos nestas 24 horas que o dia tem, não me lembro desde o início deste curto novo ano ter dormido uma noite descansada, fazer shut-down, sem levar nada para a terra dos sonhos.

Os sonhos contrariam tanto a realidade que nem me lembro deles, recalcos-os lá para trás e por isso, eles não me deixam dormir descansada, porque não me quero lembrar deles e deixa-los vir ao de cima e por isso, vingam-se de mim e não me deixam dormir.

É assim, quando nos esquecemos dos nossos sonhos e aspirações, quando deixamos o onírico; nem dormimos quando devemos, nem sonhamos acordados!