sábado

I Get Along Without You Very Well

I get along without you very well,
Of course I do,
Except when soft rains fall
And drip from leaves, then I recall
The thrill of being sheltered in your arms.
Of course, I do,
But I get along without you very well.

I've forgotten you just like I should,
Of course I have,
Except to hear your name,
Or someone's laugh that is the same,
But I've forgotten you just like I should.

What a guy, what a fool am I,
To think my breaking heart could kid the moon.
What's in store? Should I phone once more?
No, it's best that I stick to my tune.

I get along without you very well,
Of course I do,
Except perhaps in Spring,
But I should never think of Spring,
For that would surely break my heart in two.

terça-feira

Corria tudo bem melhor quando era apenas meia-máquina-meia-mulher!
São muitos os dias e noites que nos separam, daqui a pouco, mais dos que passamos juntos e por vezes, às vezes, regressa o vazio e muitos pontos de interrogação.

Será que já foi tudo dito e feito? A acção está no vazio do contacto, é lá que reside a história, a história que vivemos, a história que apetece esquecer todos os dias, a história que faz parte de mim, o tempo que ficou tatuado no meu corpo.

Será que nos voltaremos a cruzar? É melhor que não, espero que a massa anónima que todos os dias flui nas ruas da cidade nos engula, me engula, te engula e evite um possível cruzar de olhares, de caminhos, de gestos e embaraços.

Já basta que haja manhãs em que cruzas o meu pensamento e a tua ausência encha os meus dias.

quinta-feira

Desde sempre achei a vida curiosa e as pessoas muito complexas. Não consigo apreender toda esta teia elaborada do mundo.

Para mim é tudo simples, não vejo os limites, não os consigo percepcionar, só os da minha vontade. Entendo-me bem, mesmo que às vezes não me reconheça, compreendo as raízes do meu ser e...não sei que faça com elas.

Somos ensinados a não fazer tudo o queremos, a não falar tudo o que pensamos, a não querer tudo o que desejamos e mais importante, somos ensinados que nem sempre podemos ter o que queremos. Sei disso tudo e também sei que só fazendo os possíveis e impossíveis para ter tudo o que quero e me é significativo é que experimentarei o que há para experimentar e sentirei a vida como deve ser vivida; intensamente.

É neste jogo dual que me vou fazendo; entre o que quero muito e não posso ter; entre o que posso dizer e quando me devo calar;entre o que penso e o que não faço; entre o que faço e não penso.

Há dias, noites, horas e segundos para tudo isto e o que mais me encanta, é que não nos apercebemos de tudo isto durante os tais dias, noites e horas e segundos, apenas me apercebo quando me olho e vejo algo de novo, algo refeito, algo desconhecido, na minha expressão, no meu corpo, no meu sorriso, no meu gesto, na minha mão, na minha acção, no meu discurso, no meu pensamento.

Tudo isto sou eu e ele, e ela e a multidão da qual faço parte. O reflexo que todos os dias vejo no espelho quando lavo os dentes e protejo com o creme a pele, das intempéries é um reflexo diferente, mas eu não me inteiro disto todos os dias.

Só às vezes, para não ser demais, para não me deixar de ser familiar. Mas há qualquer coisa de familiar na mutuação. Talvez seja o ardor com que espero reconhecê-la, assim que lhe pressinto os passos.