terça-feira

Quando se sofre e se tem outras alternativas, sofre-se porque sem essa dor, nos sentimos vazios, sem nada, sem objectivo.

Até para sofrer o ser-humano se levanta todos os dias da manhã, mesmo sabendo que existem outros caminhos e opções. Sofre-se porque se deixa de acreditar que existam outros faróis para a vida, sofre-se porque a dor também nos diz que estamos vivos e que existimos...Se mais nada nos diz que existimos, ao menos que sintamos a dor.

Sofre-se porque não se sabe fazer ais nada, porque nos viciamos nessa dor, nesse sofrimento que nos pode até ocupar a vida toda

Felizmente e porque podemos olhar para tudo em perspectiva, o sofrimento pode acabar. Cada um sabe pelo que sofre e cada um@ tem dentro de si a força para deixar de sofrer. Ou não?




domingo

Quando se muda algumas vezes de casa e de terra, muda-se também de amigos e sítios familiares, tem-se uma vontade avassaladora de se ter um mundo nosso, familiar que fique apesar das mudanças e por isso, esta minha vontade de raiz.

Como é possível ter várias raízes, várias referências, vários portos de abrigo, vários núcleos? Centramo-nos em nós, no território, em todos os dias.

E quando deixo de ver essas referências, de as encontrar, tenho que procurar cá dentro. Ao fim destes quase 27 anos(vou-me atirar ao rio) de famílias pós-modernas e progenitores freaks, escolhas que me foram impostas de uma forma ou de outra, será que encontrei a minha raiz?

Ando a pensar nessa raiz que todos temos e que nos estabiliza como se fosse um centro gravitacional que mantém equilibrada a essência.

O que será mais importante a essência ou a raiz? Não me angustia ter que solucionar esta questão, mas tenho um instinto que me sussurra que vou procurar esta solução para o resto da vida.

Poderá ser esta a essência? Ou a raiz que tenho e onde permaneço suspensa pelos fios das memórias?

Eu sou essa instabilidade à procura da raiz? Quem tem raiz fixa não a procura todos os dias? Ou a raiz e a essência são feitas da procura de todos os dias?

Ando assim, existencialista e mantendo, no entanto, a minha vontade de ser radical. Radical na procura da essência.

Enquanto não a encontro ou a construo, não sei bem, vou escrevendo. Voltou a vontade de escrever, talvez porque precise de algumas respostas e à medida que vou escrevendo, tropeço nas soluções e também em mais questões!

Seja por onde der, faço-me acompanhar pela música e vou dançando por entre estas dúvidas de domingo chuvoso.




sábado

Apetece-me ser radical! Estar enraizada no que sinto, enraizada em mim. Crescer e como uma árvore ficar bem pregada ao chão e com os braços, a mente, o coração e alma virados para o céu, assim como quem quer abraçar o mundo.

Radical no que acredito ser as minhas estrelas-guia aqui, tão radical que evolutiva, porque acredito que ando para a frente e que esse é o caminho.

Radical porque segura na minha estrada com curvas, atalhos e entraves, que eu contorno, que eu assumo, que eu salto, passo por cima, sem antes parar para os entender, para os viver, para os ver partir...

Radical para me ver partir, na plataforma do comboio que passa na minha paragem.

Radical, no meu amor, enraizada no essencial do que os meus olhos vêem e o meu ser descontrói, interroga, percebe, assimila! Encaixe na anca e samba no pé.

Radical nos meus sonhos e aspirações.

Radical no optimismo. Enraizada na crença que um sorriso faz mais por mim que um burro amarrado.

Radical no meu mau feitio gingão, enraizada na crença dos que acreditam nos laços do companheirismo.

Radical na minha fidelidade a mim e a quem me enche de coisas boas.

Radical enquanto ando por cá, enraizada aqui e já!


Radical

sexta-feira

Manifesto de Liberdade ou o dia em que ser eu me fez sorrir (novamente)


Se tenho de não ser para agradar e se tenho de me esquecer para te ter, então não quero.

A aceitação do que somos passa pelos outros, também passa pelos outros, não passa totalmente e por isso, se não me consigo olhar ao espelho de manhã, se não consigo passar em revista o dia e ficar com um sorriso nos lábios, é melhor esquecer.

Esquecer e andar para a frente, gosto de gostar, mas gosto ainda mais de gostar quanto mais gosto de mim e isso, em nada interfere com o quanto gosto de ti.

"Não necessitas de um Rei para seres Rainha". É isso; as amigas M7 e Capicua é que a sabem toda.

Aqui:

www.myspace.com/M7PT
www.myspace.com/capicua.pt



segunda-feira



Soul Train - Grande sorriso, grandes movimentos.

Mega Festa

domingo

Quando se nos sentimos mirrados, o fado é a melhor opção!

PRA ONDE QUER QUE ME VOLTE


(Mário Rainho/Francisco Viana)


Por muito que me revolte
Seres somente uma miragem
Pra onde quer que me volte
Vejo sempre a tua imagem

Imagem que me enlouquece
Como um louco no deserto
Que do nada me aparece
E tão distante és tão perto

Vejo-te envolta em poeira
Ou transparente cristal
E a loucura é mais inteira
O sonho quase real

Por muito que me revolte
Seres somente uma miragem
Pra onde quer que me volte
Vejo sempre a tua imagem

sexta-feira

És brava, tens força nas canetas, olho e vejo-te a absorver, a aprender.
Brava Menina atenta, faladora, esponja dos nossos dias, acções, esponja dos nossos olhares, conversas, sons e andares.

Brava menina que alegra o dia de todos com força no olhar, curiosidade instantânea para o advento.
Brava menina que me faz pensar o que não pensei, esponja, sorvedouro curioso, fazes-me rever a vida nos teus olhos, no teu rosto.

Brava menina, esponja dos nossos dias, nos meus braços descansas, sossegada dormes, velo-te o sono!
As nossas conversas embalam os teus sonhos!
Se me dói a alma, não durmo, se me sorri a alma não durmo. Nunca durmo, apenas dormito, fecho os olhos nestas 24 horas que o dia tem, não me lembro desde o início deste curto novo ano ter dormido uma noite descansada, fazer shut-down, sem levar nada para a terra dos sonhos.

Os sonhos contrariam tanto a realidade que nem me lembro deles, recalcos-os lá para trás e por isso, eles não me deixam dormir descansada, porque não me quero lembrar deles e deixa-los vir ao de cima e por isso, vingam-se de mim e não me deixam dormir.

É assim, quando nos esquecemos dos nossos sonhos e aspirações, quando deixamos o onírico; nem dormimos quando devemos, nem sonhamos acordados!