Cartas na blogosfera
Querid@s amig@s,
Não tenho cá vindo, tenho tido coisas para pensar e caminhos novos para descobrir. Quando se gosta da mudança não à dúvida que ela acontece e nos visita.
No trabalho agora tenho equipas maiores, fui transferida para um novo centro, tenho colegas novos e começo a aprender outras formas de ver a minha função de ver os entrevistadores. Aliviante esta nova situação, menos responsabilidade, é verdade, já me pesava nos ombros ter que responder todos os dias a mil perguntas, a mil olhares mais ou menos expectantes.
Em casa, não tenho gás faz cinco dias e depois de arranjar uma solução para este bem essencial, dei por mim a divertir-me enquanto preparo o banho de bacia e aqueço a água num fogão improvisado. Divirto-me a imaginar como seria quando a água canalizada e quente era um luxo e tinha-se de aquecer litros e litros ou até quando não existia água canalizada. Não é do meu tempo, com toda a certeza as pessoas que o viveram não deviam achar piada nenhuma. Mas para mim, habituada a todos os confrontos da vida moderna e confortável na cidade, diverte-me nestes dias ter que estabelecer estas estratégias e ter que me levantar mais cedo, experimentar o pitoresco.
Não aguento durante muito mais tempo, mas recordarei pelo menos esta falha com mais leveza e sentido de humor. Os dias andam tão lindos que seria um pecado manchá-los com irritações vãs.
Quando chego ao fim do dia, parece que já fiz mil coisas. Ando a gostar de sentir as manhãs de calor, quando o sol brilha a pique e ilumina a Lisboa tão branca, tem me encantado ouvir a vida mais silenciosa que se sente de manhã.
Tenho vivido mais sozinha que acompanhada e crio mais autonomia. Para a escrita é que isto não está nada famoso. Vou tentando.
Um beijinho,
Mariny
Mariny
P.S - Apeteceu-me escrever uma carta!
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