Foi ver finalmente o The Departed e saí da sala de cinema com curiosidade em saber o que se escreveu sobre o filme, as reacções que este provocou, já que se trata de uma trama perturbadora, não tanto pela violência óbvia, mas pela violência a que Leo DiCaprio e Matt Damon são sujeitos, meros joguetes nas mãos de homens viciados e obstinados.
O elenco é grande e Scorcese conseguiu retirar destes actores o melhor que têm para oferecer, Jack Nicholson volta no seu melhor, uma grande e perturbante prestação; visceral, anímica e esquizofrénica. E enquanto via o filme, identifiquei muito cedo a esquizofrenia da trama e dos personagens de The Departed, no fim de tudo e depois de ter passado por alguns momentos de seca tremenda, acho o filme excessivamente grande e que nada acrescenta, saí da sala desgustosa.
Não retiro o mérito a nenhum elemento interveniente, bem como ao realizador, no entanto, não deixa de ser um filme violentamente gratuito que na ânsia de retractar um mundo cão e uma América que Scorcese conhece tão bem, e melhor que isto, sabe tão bem retractar, porque conhece a sua fundação, percebe o que a faz mexer, não é surdo, nem cego às ruas do país onde vive, não é surdo, nem cego à natureza humana, nada me deixa.
Deixa-me a conspiração permanente, a luta do gato e do rato, as traições e as máscaras que são colocadas diariamente por todos nós. Claro que o mundo é assim, claro que poucas vezes se distingue o bem do mal, os vilões dos bonzinhos, claro que o fim não poderia ser muito diferente, acredito no entanto, que mesmo o mundo sendo puro e duro, não era necessário matar o elenco inteiro.
Essencial é ver e sair do filme com a certeza que o DiCaprio cresceu e melhorou, se esforçou e é neste momento um bom actor, não podemos é esquecer que dirigido por um mestre do cinema. Mestre esse, que acaba por fazer um exercício de estilo, deixando assim para a posteridade toda uma herança, condensada num manual de iniciação a Scorecese, intrincado, perspicaz, genial, dominador da sua arte.
Não retiro o mérito a nenhum elemento interveniente, bem como ao realizador, no entanto, não deixa de ser um filme violentamente gratuito que na ânsia de retractar um mundo cão e uma América que Scorcese conhece tão bem, e melhor que isto, sabe tão bem retractar, porque conhece a sua fundação, percebe o que a faz mexer, não é surdo, nem cego às ruas do país onde vive, não é surdo, nem cego à natureza humana, nada me deixa.
Deixa-me a conspiração permanente, a luta do gato e do rato, as traições e as máscaras que são colocadas diariamente por todos nós. Claro que o mundo é assim, claro que poucas vezes se distingue o bem do mal, os vilões dos bonzinhos, claro que o fim não poderia ser muito diferente, acredito no entanto, que mesmo o mundo sendo puro e duro, não era necessário matar o elenco inteiro.
Essencial é ver e sair do filme com a certeza que o DiCaprio cresceu e melhorou, se esforçou e é neste momento um bom actor, não podemos é esquecer que dirigido por um mestre do cinema. Mestre esse, que acaba por fazer um exercício de estilo, deixando assim para a posteridade toda uma herança, condensada num manual de iniciação a Scorecese, intrincado, perspicaz, genial, dominador da sua arte.
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