terça-feira

Parabéns ao meu menino!
O Meiamaquinameiamulher volta à forma inicial e manifesta o prazer que a sua medíocre e piegas autora tem em estar viva, em sentir e ver os seus a crescer, a dar os primeiros passos na vida fora da barra da saia da irmã babada e zelosa como uma galinha pelos seus.

Os meus primeiros filhos, não tivesse idade suficiente quando nasceram para perceber que sou obrigatoriamente um prolongamento dos prognitores, que tenho obrigação de cuidar e acarinhar, ralhar e passar a mão pela cabeça, aconchegar e disparatar, ser adulta e aconselhar e mais que tudo ser um porto de abrigo para os meus meninos, orgulhosa da sua prole que não o sendo directamente, de mim fazem parte, que os passos que der terão que ser equacionados a pensar também neles.

Isto tudo, a volta das voltas, para dizer que o meu menino fez anos e festejou o aniversário como os ciganos e os príncipes: dois dias de festa para fazer esquecer histórias mais tristes, para provar que o tempo passa e quando damos por ela levamo-los à discoteca, assistimos e partilhamos os primeiros amores e desamores, a redescoberta da vida pelos olhos de quem nos é importante.

Desejo que estejamos sempre unidos, mesmo que a vida nos coloque a oceanos de distância, que todas as noites sonhemos e dormamos aconchegados com as lembranças das infâncias passadas entre irmãos e irmãs e que o nosso leque de afectos e amigos se reproduza, até à eterenidade e que como uma teia de aranha se alargue a quem venha por bem e mereça a nossa fraternidade.

Ser irmão e irmã é ser amigo presente, é saber ler nos olhos felizes ou desiludidos as agruras, felicidades e travessias destes dias que chamamos vida, por vezes difíceis e ingratos e outros, tão cheios de alegria e contentamento que vem tão só da contemplação do curso do mundo.

São os primeiros companheiros, o jardim do qual cuidamos, semeamos os afectos e os hábitos pela convivência e a união, que tão depressa se cuida e mima atentamente como se dá liberdade para a natureza selvagem tomar o seu curso, para depois, docemente e com energia desbravar o que parece escuro e desenfreado e que procura a luz e o caminho, serenidade, para novamente viver ordeiramente e com jardineiro.

Vou-vos contemplar e velar os sonhos como se fosse a primeira vez que vos vi a dormir tranquilamente no berço, abrir os braços e amparar o vosso andar como amparei os vossos primeiros passos, aconhegar-vos à noite e tratar-vos como bébes, até que crescam e que possam andar comigo ao colo. Guardo-vos e levo-vos comigo para todo o lado, unidos pelo amor fraterno e pelo sabor das descobertas e partilha do aconchego e cheiro do lar.

4 comentários:

Anónimo disse...

Olá, sou leitor assiduo do teu blog. Partilho muitas das tuas opiniões. Admiro a
sensibilidade do teu sentir, a subtileza dos teus ataques e a inteligência dos teus argumentos. Mas...falta-me uma fotografia tua para que saiba que "dás a cara pelo que escreves" e para que a nossa troca de opiniões faça eco na minha mente. Quando divago e reflicto preciso de saber quem me acompanha!!! Fico à espera.
p.s. escolhe fotografias que falem de ti...

Mariny disse...

Para quem acha que devemos dar a cara pelo que se escreve, assinar como anónimo em nada abona a teu favor...

A foto vai ficar para outra altura, mas contínua a ler!

Anónimo disse...

Se ganhasse o euromilhões, não tenho dúvida...comprava o teu albúm de fotografias.
A minha sugestão de "dares a cara" é baseada na convicção de que dariam vida ao teu blog.
Continua a escrever. Estarei atento e darei a cara com muito gosto. O anonimato é uma atitude temporária, mera precaução, nada mais.

Mariny disse...

O teu anonimato é teu! A minha atitude de "no picture" é definitiva e não está aberta a considerações alheias.
O meu álbum de fotografias também não está aberto a pessoas que não se identificam e mesmo que o façam...