Futilidades
Que raio de inquérito o que está hoje no Publico.pt: "Quem é o principal responsável pela crise em Timor-Leste?". As hipóteses de resposta vão desde a Igreja, à Austrália, passando pelo Xanana, o ex-Primeiro Ministro ou a ONU. Os leitores acham que é o Alkatiri e a Austrália.
Como se desse para se por as coisas nesses termos, além de que só se ouve falar de Timor quando há mortos e feridos, sendo o resto da temporada dedicada à ausência de notícias. Enfim, ainda "dizem" que o Público é um jornal de referência, a mim parece-me mais uma publicação de segunda que acha que a melhor maneira de esclarecer os leitores é fazendo estes belos inquéritos on-line.
Claro que servem para chamar os cibernautas e tal (não consigo arranjar outra vantagem para a existência destas sondagenzitas), além de darem uma sensação que desconheço, mas advinho de qualquer tipo de poder ou gratificação pessoal ao leitor. Baralha-me a existência destas futilidades jornalísticas. Ainda por cima na ficha técnica o Público refere que este inquérito não tem qualquer tipo de credibilidade científica, servindo apenas para perceber as preferências dos leitores. Então para quê gastar espaço e preocupação como uma coisa que efectivamente não serve para nada.
Será que o Público vai passar a referir Timor depois e se sair desta crise só porque os leitores "preferem" culpar este ou aquele ou os resultados obtidos lhes dá legitimidade para tomarem uma posição perante a situação em Timor? (O que originará um belo e apaixonado texto do mediático José Manuel Fernandes? Não me parece que seja preciso, o senhor já o deve ter escrito e publicado há muito tempo).
Portanto, 529 cibernautas que votaram preferem o Alkitiri, de seguida a Austrália. Até percebo a segunda opção, também prefiro a Austrália ao ex-Primeiro Ministro timorense.
Assim, proponho aos senhores do Público que a próxima sondagem/inquérito sem qualquer fundamento científico e razão de ser seja qualquer coisa como "Gostas mais do Paizinho ou da Mãezinha?". Assim como assim não interessa nada e não, o fundamento é nulo e a importância também.
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