Tenho um post preparado, popozudo, humorístico para postar... e não consigo ultrapassar os parcos conhecimentos de blogueira. Fico chateada. Tenho que pedir uma aulas a um/a entendido/a.
Lá no meu estágio tive a catalogar e receber os portfólios dos concorrentes do concurso de Fotografia: viagens e mais viagens, e o ocidente v.s. o oriente. A austeridade do primeiro e o exotismo do segundo, a cor v.s a sépia, enfim...os bichos, a natureza vs. a cidade, industrial, pesada, arranha-céus, trânsito, caos...lá lá lá.
Tudo entregue à última da hora, dossiers e dossiers de impressões recolhidas pelos nossos fotógrafos. É bom ver que o pessoal passeia por ai, fotográfa, anda pelas ruas de outros mundos e quer partilhar o que viu com os demais, os que ficam, os que vão para outras paragens e sobretudo com os que poderão ser indiferentes a outras vidas.
Fico triste quando percebo que vivemos num mundo que limita a livre circulação dos povos, a troca de ideias entre as gentes, as suas artes, letras e músicas, hábitos, defeitos e feitios. Há países no mundo onde a entrada de estrangeiros, sejam eles do país ao lado ou do outro lado do globo, não permite a entrada de nenhum estranho áquele meio.
Desde que visitei um país onde os nacionais têm de pedir autorização ao soberano para deixarem as suas casas que compreendi que esse fechamento não passa de uma estratégia para se poderem manter no poder. A circulação entre os povos sempre transportou novas ideias, as pessoas que se movem livremente comunicam entre si, transportam consigo outras formas de vida e recebem em troca maneiras diferentes de ver o mundo. Isso não é bom, põem em causa o poder estabelecido.
Mais chocante foi ainda perceber que existem muitos países no mundo nos quais os seus naturais não podem falar com estrangeiros, não podem livremente criar laços com pessoas que não falem a mesma língua e que conheçam outras realidades.
Isto tudo vem a propósito de nada, porém é um assunto que me atormenta e que impede que vivamos num mundo mais justo e pacífico, porque as pessoas estão impedidas de se conhecerem, de se darem, de partilharem conhecimentos, de criarem formas alternativas de vida, de se olharem nos olhos e em diálogos cara-a-cara ultrapassarem as diferenças.
Por isso, se criam conselhos disto e daquilo, cimeiras de entendimento global e burocracias várias, quando e acredito nisto, a essência do ser-humano é nómada, viajante e errante!
1 comentário:
A repetir posts??
:P
beijokas!
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