terça-feira



Há mais ou menos uma semana que os monges budistas fazem encabeçam manifestações na Birmânia, aos monges juntaram-se as freiras e o povo deste país dominado por um ditadura militar. Hoje foi imposto o recolher obrigatório!

Ainda não aconteceram episódios violentos, apesar de neste país os presos políticos serem mais que muitos e um Nobel da Paz estar detida na sua casa desde 2003 por entre outras coisas, ter ganho as eleições democraticamente.

É importante que estas pessoas consigam mudar alguma coisa no seu país, que consigam impor a vontade soberana do povo, que vivam democraticamente e que os seus direitos não sejam atropelados. É importante para o seu bem estar e importante para todos os povos do mundo que lutam por regimes políticos democráticos e livres. É importante para nós, que vivemos em regimes democráticos, mas já de alguma forma viciados e que tantas vezes nos desencantamos, não esqueçamos que esta é a primeira conquista a de ser livre, o primeiro passo para evoluir é podermos ser nós a decidir o nosso destino.

Por isso, me solidarizo com estas pessoas e espero que a comunidade internacional pressione os militares a chegarem a um entendimento e espero que evitem o pior: um banho de sangue.


quarta-feira

#10 - lol! Nem sei que escreve na legenda desta foto:) Deixem os vossos comentários e impressões sobre o ruivaço!

segunda-feira

9# Pelas ruas de Oia (Santorini). Eu, a Ana e o Yuri. Esta e outras fotos fabulosas que tenho foram tiradas pela Luludgi- mãe do Yuri, fotógrafa e uma grande curtida. Grande aquisição de Verão, os chapéus de palha;)

terça-feira

#8 - Continuamos pelas casas de Creta. Na última manhã que tivemos em Creta acordamos numa praia a uns quilómetros de Iraklion que foi bem difícil de encontrar. Acabamos numa subida de terra batida com uma praia deserta que tinha tão só uma placa a proibir o campismo selvagem, problema que poderíamos ter contornado, não fosse a areia desconfortável.

Levamos cinco horas a encontrar um sitio para dormir. Em Creta e especialmente neste lado ocidental da ilha, os empreendimentos turísticos são mais que muitos e as zonas livres de presença humana estão bem escondidos.

Na noite que antecede esta foto ainda experimentamos dormir em frente a um hotel. Impossível! A música a bombar e os mosquitos a atacarem foram suficientes para que rapidamente fôssemos em busca de outro sitio. Lá encontramos e apesar de o mar estar à nossa frente, a paisagem mais bonita está mesmo atrás do jeep: um mato cerrado, verde. Mesmo no lado esquerdo do carro umas ruínas assustadoras de umas casas enfiadas num socalco de terra castanha.

Confesso que depois das cabras a minha maior preocupação era acordar no meio delas, as gajas saltam que se fartam e nas montanhas que nos rodeavam seria bem provável que vivessem muitas! Mas não, dormimos sossegadas, meias tortas e com a ondulação do mar a embalar o nosso sono pesado. E confesso que foi a primeira vez que tive frio na Grécia dentro do nosso carro descapotável! O vento entrava pelo carro adentro e gelava-me a cabeça, aliás, de todas as noites que passei lá, foi a única em que me meti dentro do saco cama e desejei que ele fosse ainda mais comprido, assim um sarcófago protector e quente! Porém, o cansaço de turista é lixado e acabei por adormecer. Sempre alerta, porque se de manhã esta praia era mais um spot encantador e delicioso, durante a noite era mato envolvido por ruínas, uma estrada de terra batida que não sabíamos onde acabava, um bar fechado e uma casa feia com uma luz acesa. E claro, o mar a bater nas rochas.

Creta na sua generalidade, é uma ilha de beleza natural rude e austera, tipicamente mediterrânica, rural e castanha, onde é fácil fazer filmes e morrer de medo durante a noite;)

segunda-feira

7# Esta era a nossa casa em Creta. Aqui estávamos no começo do segundo e último dia nesta ilha, algures depois de Chania, uma das cidades de destaque da ilha.
Este foi o acordar mais bonitos de todos. O mar, a praia e lá ao fundo, no horizonte o nascer do sol cor de laranja. Para abrir a pestana com vontade e energia para grandes descobertas.
As fotos boas só chegaram agora e vai ser difícil escolher, portanto e para manter a chama acesa, vou continuar o especial Grécia, mesmo depois de já ter passado justamente um mês de lá estar.
O jeep foi sem dúvida uma boa aquisição que por nossa vontade teria sido um carrinho mais pequeno e comedido, porém e segundo a grega desdentada que nos alugou a viatura, este jeep era o único disponível na imensa frota do rent a car do porto de Iraklion capital de Creta e a terceira maior cidade da Grécia.
Foi a Iraklion que chegamos depois de uma noite de viagem, num barco do tamanho de vários prédios que eu costumava ver da janela da casa de Leça e que passavam dias atracados no Porto de Leixões.
Tive aqui a oportunidade de fazer uma viagem num destes gigantes do mar. O Knossos Palace, um mastodonte vermelho e alcatifado. Dormimos no deck forrado à tal alcatifa vermelha, limpa e imaculada como uma série de outros viajantes. Chegamos a Iraklion às cinco e meia da manhã e esperamos lentamente que o porto ganhasse movimento para nos fazermos ao caminho. Nos entretantos conversamos com a mulher da rent a car, tomamos o pequeno almoço e fizemos a higiene intima!Ainda aprendi algumas palavras em grego e tudo.
Consegui dormir nos bancos e mesmo assim ainda esperamos para caramba que os gregos abrissem os guichés e nos vendessem os bilhetes e nos alugassem o carro. Tudo com muita calma.
Dali partimos preparadas para mais uma ilha grega, num jeep branco e descapotável. A viagem continuava e continuava também a descoberta, sempre em busca das melhores praias.

De resto: relaxing by the beach all day long;)
Fucking beautiful endless summer!!

#6 Estes são os burrinhos que subiam as escadas até às vilas no cimo das escarpas das ilhas! Um cheiro que não se podia. Por alguns euros a subida até à vila era bem mais rápida e nada sofrida, pelo menos por nós!

quinta-feira


5# As motos na Grécia são uma curte!Esta estava mesmo à porta do parque de campismo de Santorini. Adorei, acho que é daquelas que temos que dar aos pedais para andar.

Na Grécia é um transporte muito comum, desde as mais sofisticadas às mais simples, os gregos têm um fétiche com elas. Ir à Grécia e não andar de moto é como ir a Roma e não ver o Papa;)

sábado


4# Em Santorini, uma das ilhas mais célebres e procuradas da Grécia a par de Mikonos. Esta ilha de origem vulcânica ainda é grande e uma estância de férias de luxo. Fira é a capital da ilha e é perto desta cidade que se encontra o porto de Athina o mais movimentado da ilha e onde chegam os barcos cheios de gregos e turistas. As cidades e vilas situam-se no cimo das escarpas e quase todos os aglomerados populacionais tem um pequeno porto, dantes pescatório e agora povoados de restaurantes e comércio e serviços ligados ao turismo.

Neste dia fomos fazer um tour de barco nas galeras tradicionais dos pescadores, agora usadas para passeios que incluem uma série de visitas. Começamos por ir visitar o vulcão que a última vez que teve activo foi na década de 60 e causou grandes estragos nas ilhas. Um monte de areia e pedra preta, árido e quente (ainda mais que no resto das ilhas). Cheia de gente a ilha do vulcão é uma visita interessante e dividida e pontos de erupção, que são três! De seguida, fomos tomar banho nas águas termais do mesmo vulcão. Uma sensação de liberdade saltar de um barco para o mediterrâneo e nadar até às águas quentes e castanhas de enxofre.

De seguida fomos almoçar a mais um porto pescatório, onde o cheiro a comida era super-intenso e as águas eram transparentes para não variar e quentes, claro!

As vilas e cidades de Santorini situam-se no alto como já referi e deste lindos portos distam perto de 300 ou mais degraus que é preciso subir para estar verdadeiramente nas cidades. A opção é ir de burro e em Fira existe mesmo um teleférico que não experimentei, mas que deve ter uma vista deslumbrante. Para Oia, a cidade onde fomos depois de almoço no nosso tour e onde o propósito era ver o pôr do sol (chegamos então ao tema da fotografia:)), tivemos que suar muito, nem sei quantos degraus subi, mas sei que custou, além de termos tido umas peripécias pelo caminho, vários encontros imediatos com os burros e cavalos que fazem o tal percurso a voltarem para o porto! Às tantas as escadas estavam por conta dos burrinhos e só me restou ir para cima do muro, de um lado uma escarpa de meter respeito até ao mar e do outro, um manada de burros desenfreados a serem conduzidos por um grego louco a apontar para a esquerda e a gritar para a direita num inglês mal amanhado!

Enfim, quando chegamos a Oia o encanto foi imediato, ruas e ruas de casinhas brancas e bem arranjadas ao longo da encosta com spots lindos e lojas luxuosas. O luxo sentia-se nas ruas e nas pessoas. Outro mundo chique e caro, valeu pela beleza arquitectónica e pelo silêncio que se fazia sentir nas ruas o que proporcionava uma sensação de tranquilidade e descontracção. Esta fotografia é o objectivo final do tour: ir ver o pôr do sol a Oia.

Às tantas a beleza era tanta que tive medo de não a conseguir apreender na sua totalidade e comecei quase a ficar angustiada, no fim senti um imenso vazio, mas pronto a ser enchido novamente, renovação depois de um passeio agitado e espectacular que culminou num pôr do sol divertido e partilhado com imensa gente sentada pelas escarpas da ponta oeste de Oia, mas isso é outra foto.