
4# Em Santorini, uma das ilhas mais célebres e procuradas da Grécia a par de Mikonos. Esta ilha de origem vulcânica ainda é grande e uma estância de férias de luxo. Fira é a capital da ilha e é perto desta cidade que se encontra o porto de Athina o mais movimentado da ilha e onde chegam os barcos cheios de gregos e turistas. As cidades e vilas situam-se no cimo das escarpas e quase todos os aglomerados populacionais tem um pequeno porto, dantes pescatório e agora povoados de restaurantes e comércio e serviços ligados ao turismo.
Neste dia fomos fazer um tour de barco nas galeras tradicionais dos pescadores, agora usadas para passeios que incluem uma série de visitas. Começamos por ir visitar o vulcão que a última vez que teve activo foi na década de 60 e causou grandes estragos nas ilhas. Um monte de areia e pedra preta, árido e quente (ainda mais que no resto das ilhas). Cheia de gente a ilha do vulcão é uma visita interessante e dividida e pontos de erupção, que são três! De seguida, fomos tomar banho nas águas termais do mesmo vulcão. Uma sensação de liberdade saltar de um barco para o mediterrâneo e nadar até às águas quentes e castanhas de enxofre.
De seguida fomos almoçar a mais um porto pescatório, onde o cheiro a comida era super-intenso e as águas eram transparentes para não variar e quentes, claro!
As vilas e cidades de Santorini situam-se no alto como já referi e deste lindos portos distam perto de 300 ou mais degraus que é preciso subir para estar verdadeiramente nas cidades. A opção é ir de burro e em Fira existe mesmo um teleférico que não experimentei, mas que deve ter uma vista deslumbrante. Para Oia, a cidade onde fomos depois de almoço no nosso tour e onde o propósito era ver o pôr do sol (chegamos então ao tema da fotografia:)), tivemos que suar muito, nem sei quantos degraus subi, mas sei que custou, além de termos tido umas peripécias pelo caminho, vários encontros imediatos com os burros e cavalos que fazem o tal percurso a voltarem para o porto! Às tantas as escadas estavam por conta dos burrinhos e só me restou ir para cima do muro, de um lado uma escarpa de meter respeito até ao mar e do outro, um manada de burros desenfreados a serem conduzidos por um grego louco a apontar para a esquerda e a gritar para a direita num inglês mal amanhado!
Enfim, quando chegamos a Oia o encanto foi imediato, ruas e ruas de casinhas brancas e bem arranjadas ao longo da encosta com spots lindos e lojas luxuosas. O luxo sentia-se nas ruas e nas pessoas. Outro mundo chique e caro, valeu pela beleza arquitectónica e pelo silêncio que se fazia sentir nas ruas o que proporcionava uma sensação de tranquilidade e descontracção. Esta fotografia é o objectivo final do tour: ir ver o pôr do sol a Oia.
Às tantas a beleza era tanta que tive medo de não a conseguir apreender na sua totalidade e comecei quase a ficar angustiada, no fim senti um imenso vazio, mas pronto a ser enchido novamente, renovação depois de um passeio agitado e espectacular que culminou num pôr do sol divertido e partilhado com imensa gente sentada pelas escarpas da ponta oeste de Oia, mas isso é outra foto.