segunda-feira

Tchim, pum, pam caí o prato bate no copo, descaí a tampa, solta-se o vapor, o cheiro.

Está quente, suculento, não quero! Pum caí mais um prato, os talheres começam a trabalhar e as bocas a abrir, as barrigas são forradas as gargantas aliviadas pelo néctar dos deuses, as uvas esmagadas, o exílir da vida, a água que refresca.

Cinco minutos depois os primeiros apetites estão saciados, as conversas fluem, paralelizam-se, contam-se vidas, dão-se gargalhadas, o pátio está cheio novamente nas noites de Setembro.

Já lá vai o primeiro petisco, as cadeiras mexem-se, os pratos empilham-se, nova rodada está a postos, os copos são enchidos novamente, silêncio para saborear e guardar, partimos para o próximo prato, banquetes faraónicos, pintalgados com estórias, sorrisos...gente que sente.

Num minuto, da mesa para a espreguiçadeira, para a rede, para a mata, para o café. Tchim, pum, pam recolhemos o estaminé, o tacho já está frio, vazio, amanhã que terá lá dentro?

Amor, dedicação e carinho! Tudo misturado com paciência e imaginação, pelas peles bronzeadas ao calor do fogão.

Sem comentários: