terça-feira

Aventuras no Correios de Portugal

Ontem tentei ir aos correios no intervalo do trabalho, achei que 10 minutos dessem para enviar um mísero documento, já que existe uma máquina de selos, porém estava fora de serviço. Posto isto, tive que ficar na fila para conseguir comprar um selo e envelope de correio azul. Esperei 30 minutos e não consegui enviar a carta, acabei por dar a minha senha a uma senhora que lá estava.

Durante essa meia hora de espera disse mal da minha vida e especialmente dos Correios de Portugal. Não percebo esta gestão do trabalho, se existem máquinas que vendem selos, algumas até com balança, porque não tê-las a funcionar?

Já no outro dia quando tentei enviar uma outra carta, me vi obrigada a esperar pelo atendimento geral, a máquina dos selos que até tinha balança não tinha trocos, o sistema estáva marado, porque a máquina não conseguia acabar as duas acções necessárias: pesar e processar o valor do selo que teria que pagar, lá fui eu entupir as filas do correio desnecessariamente...

Se estas máquinas existem é para nos facilitar a vida, para agilizar o processo, para evitar que meia hora antes do fecho dos correios estejam mais de 20 pessoas para serem atendidas.

Aqueles envelopes verdes que pelos vistos não precisam nem de selo, nem de serem pesados deveriam ser vendido em máquinas semelhantes às dos selos, para que nos tornemos mais autónomos dos funcionários dos correios, para que só recorramos quando é realmente necessário, porque a mão humana vai continuar a ser precisa em muitas outras coisas e ainda bem que assim é.

No entanto, os correios parecem um qualquer quiosque, livraria vende de tudo e quanto maior for mais coisas tem disponível para os clientes. Mas o propósito dos correio, pelos vistos, é vender livros do Paulo Coelho ou canecas do Noddy não vender selos, enviar correspondência, pagar facturas, pesar cartas...

Gastasse dinheiro inutilmente a inventar aquelas máquinazinhas que são tão úteis e não são usadas pelos utentes, gastasse dinheiro nos envelopes verdes e na publicidade que lhe fizeram, mas nos correios não são assim tão acessíveis.

Esta meia hora à porta dos Correios foi óptima, além deste despesismo de recursos, assisti a episódios próprios de 3º mundo, não é que um conductor de Audi que queria ir ao correio, estacionou o seu carro mesmo em cima do passeio em frente à agência dos correios, onde uns putos jogavam à bola!

Estava o conductor a sair do carro, mesmo a fechar a porta e passa um polícia de trânsito, olha para o senhor infractor, para o carro e segue serenamente para a esquadra mesmo ali ao lado. Haja civismo que resista e haja esperança que nos faça acreditar que tudo poderá melhorar.

Hoje voltei aos correios, mais sossegados por sinal e noutro ponto da cidade, tudo corria bem até ter pedido factura de uma encomenda que enviei, é verdade que eram apenas 2,10€, mas tenho esse direito, logo tive que aguentar a cara feia da funcionária que além de mim, atendia mais duas pessoas. Como também comprei um selo, disse-lhe que não o incluisse na factura e que para isso não era necessário, ao que a funcionária me prespega com os dois recibos com um ar incomodado como se me fizesse um favor. Digo-lhe bom dia e obrigado, fazendo de conta que não percebi o seu incómodo, e levo com um olhar de esguelha...

Desculpe lá, não a queria chatear!!!

2 comentários:

Anónimo disse...

Esses correios... estão cada vez piores... se não bastasse o que li e identifico em cima... agora até já perdem cartas registadas...

Quanto aos policías de trânsito, deixei de acreditar neles, quando os via a sairem bem "regados" para mais umas horas de trabalho... Eu cá acho que deviam voltar a vender álcool dentro das esquadras, fora das refeições, ao menos assim não vemos...

Mariny disse...

Não, não é bom que se veja o que é a realidade, para não se ter ilusões!