segunda-feira

Dizia aqui uma colega que as esteticistas do painel têm tendência a serem casadas com os camionistas!
Penso eu para os meus botões: que misturada, ela sempre impecável e loura, as unhas feitas, os sapatos da Seaside, as cores berrantes e alegres, tipo cor de rosas, verdes alfaces, as gangas com aspecto usado, por vezes as raízes um bocado aldrabadas e ele...o rei da autoestrada e qualquer itinerário secundário ou ponte deste mundo, barriguinha, camisa ao quadrados ou então a bela da camisola branca e as calças de ganga com o cinto a segurar o estômago saliente, aquelas conversas.
Ela delicada e ele um bruto à primeira vista, ela preocupada com os arranjos e as depilações e as fofoquices e ele o maior adepto da selecção, da mini e do prato de couratos!! Na volta até combina.
Ao pé de casa dos meus pais, mesmo em frente ao Porto de Leixões era comum quando era miúda dar de caras com os camionistas que frquentávam a tasca onde o meu pai toma café e onde tantas vezes lhe fui comprar cigarros. Ainda existe, a tasca do senhor Ribeiro, um tipo simpático que vende um vinho lá das suas propriedades fresquinho e bebível. Um senhor bem simpático e cómico q.b. Sempre cheio de camionistas, daqueles barrigudos e ordinários a cheirarem a camião.
Não tenho boas recordações do espécime. Estar na paragem de autocarro, qualquer que fosse, ali ao pé do Porto, sempre foi uma chatice. Lá passavam os camionistas, "óh boa! óh riqueza", mesmo eu não sendo uma top model e muito menos quando era adolescente. Sinais de luzes, buzinadelas, piscadas de olho. Fuck, chatos de merda. Os camiões mal estacionados, mesmo em cima das curvas ou à frente da paragem do bus. Muitas vezes perdi o autocarro para a escola porque não o vi lá ao fundo e porquê? Os camiões dos camionistas que estávam na tasca do Ribeiro a beber mais um mini não me deixávam perceber se o bus estáva a chegar, claro que quando, acelarradissímos passávam na minha paragem, nem me viam. Lá ficáva eu mais não sei quanto tempo a levar com os camionistas e à espera do autocarro.
As esteticistas? Pois, acho que são umas senhoras perversas e que noutra vida torturaram gente por esse mundo fora. É verdade que recorro aos seus préstimos, mas acho que nunca o conseguiria ser. Passar o dia a arrancar os pêlos das clientes com a cera quente, fazer o buço, usar a pinça, as bandas, as virilhas ... só de pensar fico aterrorizada. Sinceramente nem sei como lá consigo ir, aliás, acho que se contínuo a descorrer sobre o tema nunca mais lá ponho os pés. E o que me faz mais impressão são as esteticistas que arrancam os pêlos a si próprias.
Tive uma que pedia ao filho para lhe fazer a depilação, coitado do rapaz. Não me parece que seja uma actividade própria para um rebento. Acho que não faria a depilação à minha mãe, pêlos encravados, aplicação da cera em locais poucos ortodoxos...
Acho também, e depois de anos a fazer depilação, que as esteticistas não são boas da cabeça, tenho sempre impressão de uma mulher possessa a tirar pêlos com conversas que não lembram ao diabo. Aliás, a minha penúltima, era de fugir, desbragada e vulgar, ordinária que baste. Esta era a que pedia ao filho para lhe fazer o serviçinho, tinha conversas sinistras ao telefone com as amigas à minha frente, não é que me choque, mas pensei muitas vezes, enquanto estáva deitada na marquesa pronta para a matança: Por que raio preciso eu de saber que a senhora tem um vibrador ou que a amiga lhe quer dar um ou que a minha esteticista é uma louca!
As conversas dos camionistas pelo que me lembro não eram muito diferentes, se calhar estão mesmos bons uns para os outros e a minha colega até tem razão, os camionistas casam com esteticistas!

1 comentário:

Anónimo disse...

loooooool

isto tá bonito tá! vai começar a dedicar posts aos teu ódios de estimação?!

:P

beijoss