De caixa em caixa
Perdi o meu post de caixinhas, estou amuada. Sempre gostei de caixas de várias cores e formatos, de verga, plástico, cartão, vidro ou tecido. tenho uma série delas.
Há tempos, na Feira da Ladra descobri uma barraca só om caixas, ainda lá gastei uns euros, quando me decidi a gastar mais uns e sonhei durante horas com a próxima compra a barraca desapareceu. Acho que alucinei! Mas tenho a prova provada na caixa de chá com motivos orientais de como ela existe e já residiu durante muitas Feiras da ladra, apesar de eu ceguinha, só a ter visto uma vez.
Euros que poupei, sorrisos que não tive! Na minha colecção existem uma 10, as pequenas. Porque depois existem as maiores, algumas são caixas de sapatos. Também gosto dessas. Toda a gente mas dá. Gosto de guardar as coisas lá, por secções organizadas de tralha. Cassetes, fotografias, colares, pulseiras, papelada...
Tenho uma tia nova que me alimenta esta vício. Todos os Natais e aniversários me dá uma caixinha e até agora não me desiludiram. As várias caixas que fui tendo ao longo dos tempos reflectem a minha idade. Quando era miúda tinha umas feisosas, de lata e cores pirosas em forma de coração. Uma delas tenho desde sempre, uma forrada a tecido, da Indonésia, caríssima, que a minha mãe tentou vender na loja dela, não ficou exposta uma semana, já que durante 5 dias a atormentei e a venci pelo cansaço. A caixa era minha.
Na casa de Sampaio, lembro-me que a minha avó tinha uma série de caixas onde guardáva os almejados biscoitos. Prémio para quem tinha comido o almoço todo(sopa, comida e fruta). Chegáva-lhes em cima de um escadote, nas prateleiras altas demais para um miúda de 4 anos. Para ter os biscoitos comia a minha parte e dos primos, se tal fosse necessário.
Nos vários quartos que fui habitando, condição de filha de pais separados, tinha várias caixas diferentes. As da minha avó Lídia eram as mais luxuosas. Madeira com trabalhado de marfim e forradas a tecido vermelho vinho. A minha mãe tem uma linda cheia de fotografias, mal fecha e está meia torta, mas cumpre com o propósito das caixinhas, guarda tesouros. Do lado de fora, é um objecto de contemplação.
Gosto de engrossar a minha colecção e não perco uma oportunidade de trazer mais uma para casa, às vezes uma caixa de bolachas consegue aplacar o meu desejo, umas de cartão coloridas fazem a vez de qualquer caixa cara, tenho sempre alguma coisa para lá por, ainda não as tenho nas mãos e já sei que destino terão. E gosto de trocar o conteúdo várias vezes por ano. Gosto de procurar as minhas coisas e pensar que está naquela caixa que arranjei ali ou me foi dada por fulan@ tal. Os amigos da faculdade deram-me uma forrada com fotos nossas, as tardes, viagens e noites que vivemos nos 5 anos de curso. O que preciso de guardar, desta vez, está do lado de fora.
1 comentário:
as minhas caixas são bem mais básicas. são caixas de sapatos e estão quase todas no Porto. a maior parte são da Nike... com cartas, papéis, bilhetes... etc
é fácil voltar e encher essas caixinhas :)
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